"Ecos" da morte de uma estrela...

Um dia desses me deparei com uma belíssima imagem sideral. Afirmo que esse tipo de beleza "inter- galáxial" sempre me encantou, porém essa de alguma maneira especial me tocou diferente... fiquei estática, um tanto contemplativa, só observando aquela imagem... e cada vez que me permitia a olhar com mais afinco, mais eu me surpreendia e me encantava. Não só pela característica multicolorida, mas por todo o contexto...
Aquilo tudo que me hipnotizou por vários minutos tinha nome: Cassiopéia A! Foi então que resolvi me render aos encantos imediatos do Google para saber do que se tratava. Digo a vocês que depois de apertar o SEARCH fiz uma linda viagem...
Descobri que a Cassiopéia A é uma matéria remanescente de uma estrela que se extinguiu numa explosão supernova há 325 anos. Ao inverso do que pensam a tal estrela não está em descanso, pois teria ejectado pelo menos um jorro de energia nos últimos 50 anos, ou seja, ela continua tendo espasmos de morte antes de atingir o seu final de vida total.
Uma das coisas que descobri que me deixaram um tanto frustrada, porém extremamente impressionada de que existam meios de visualizações tão perfeitas e encantadoras, foi que a imagem de cor era falsa, obtida por três Telescópios distintos. A coloração vermelha tem origem na informação colhida pelo tal de Sptizer na banda do infravermelho, a luz visível do Hubble aparece em amarelo e os raios X do Chandra surgem em verde e azul.
Ela se encontra há 10 mil anos-luz na contelação de Cassiopéia, possui um braço de temperatura morna (poucas centanas de graus Kelvin) na concha exterior, delicadas estruturas filamentares dos gases quentes (a 10.000 K de temperatura) e ainda há a estrela de nêutrons, que pode ser observado pelo ponto turquesa no centro da concha.
Os ecos infravermelhos desenham o percurso das poeirentas viagens das ondas de luz emitidas após a explosão de uma supernova ou por uma estrela eruptiva. À medida que as ondas de luz se movem para longe, aquecem blocos de poeiras circundantes, obrigando-as a brilhar no infravermelho. O eco de Cassiopéia A é o primeiro observado em torno de uma estrela já morta há muito tempo e também o maior. Foi descoberto por acidente durante um teste de instrumental do Spitzer.
Baseando-se no fato de ainda serem relatados espasmos dessa estrela, podemos dizer que ela ainda VIVE, mesmo que através de ecos que podem anunciar a chegada da sua morte de fato. Mas enquanto isso...
Me rendo aos encantos misteriosos do espaço e como eles são capazes de hipnotizar e fazer com que certos momentos virem eternas lembranças...
Rendam-se também aos encantos do Universo... aos encantos da VIDA!
Apertem o SEARCH do coração de vocês... e aproveitem a viagem!!
Afinal... " O destino é só um pretexto... o que importa é a viagem"